Vícios de vinil

Monday, July 2, 2007

Peace with a mohawk



Algumas bandas vivem para sempre, por pouco que toquem, editem, escrevam ou publicitem.
O s/t dos Velvet Underground vendeu 1500 cópias e formou 1500 bandas, disse um dia Michael Stipe. Os Pistols viveram dois anos e abanaram o mundo, inclusivamente o próprio.
Elliot Smith morreu, tal como Tim Buckley.
Cada genre com a sua persona seminal, as mais das vezes cortada antes do tempo. É a história.

O ska héctico e cafeínado dos Operation Ivy (1987-1989) vive e viverá encrustado, para espanto dos próprios, em centenas de bandas actuais e futuras do género.
Forjada em plena Bay Area de Berkeley, Cal. por quatro putos anónimos de 20 anos (Jesse Michaels - vox, Lint (aka Tim Armstrong) - guit., Matt Freeman - bass (e que baixo) e Dave Mello - Bat.), apesar das terríveis gravações inerentes à garagem de proveniência, os Operation Ivy trataram de reavivar o declínio dos Clash e a memória dos Specials e de introduzir um tudo nada de hip hop embrionário nos headphones de quem tinha cabelo verde.
O single Unity é a prova que o pacifismo deixara de ser exclusivo do movimento hippy e era, agora, gingado a duzentos à hora, não obstante o peso lírico das músicas.
O fim prematuro terá sido, mais uma vez, o melhor fins.

There wasn´t always a place to go, but there was always an urgent need to belong

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