Vícios de vinil

Thursday, December 20, 2007

Wednesday, December 19, 2007

desconexo mas uma coisa levou a outra.

Já, com certeza, escutaram na rádio, o dueto Ben Harper-Vanessa da Mata. Há qualquer coisa de Carlos Tê - Rui Veloso, naquele tema. O Quê? A métrica impossível, pois claro!
Pergunta: será que o Ben harper entende aquilo que está a cantar, ou sentir-se-á (ele) uma espéce de homem-de-neandertal, ou mesmo o meu ex-marido a tentar comunicar com o jovem de leste que lhe aparou o relvado do jardim da mansão que ele gostaria de ter tido? a mesmíssima pergunta se poderia fazer, por seu lado, a Rui Veloso e Carlos Tê. Ou será que eles se dão bem porque , simplesmente, não se entendem?
Em ambos os casos(ignorem o do ex-marido), não se trata de uma forma de expressão artística, ou exercício de estilo deliberadamente e/ou pretensamente inovador.

Há quem leve o assunto a sério. Partilho convosco este texto do Caríssimo Gigante-Pedro Moreira.

O Erro de Dom Afonso Henriques e A Prosódia na Música Portuguesa

Prosódia: "pronúncia regular das palavras em harmonia com a acentuação."
in Cândido de Figueiredo, Grande Dicionário da Língua Portuguesa.

Abundam na música portuguesa exemplos em que a letra é atropelada pela música dando origem a erros na métrica do texto. Habituá-mo-nos a cantar e a ouvir "pássaro feridú na asa" e "houve alegria e foguetees no ar" com toda a naturalidade. Claro que isso se deve à importação acrítica de modelos anglo-saxónicos de formas musicais aplicadas à nossa língua, sem ter em conta que o português tem características próprias, que deviam ser postas em evidência em vez de reprimidas.

A maior parte das palavras portuguesas têm uma acentuação na penúltima sílaba, e não na última como seria mais conveniente em música de influência anglo-saxónica. Para além disso, e ao contrário do português do Brasil, onde todas as sílabas têm valor, em Portugal quase que se omitem as sílabas fracas, num efeito parecido com aquilo a que os músicos de Jazz chamam "ghost-note". Isto levanta um desafio maior para quem escreve música vocal no nosso país.

Será que teremos que aceitar estes sucessivos atentados à prosódia nacional com resignação? A resposta tem de ser preocupante uma vez que somos talvez o único país em que duas das mais emblemáticas canções populares, o hino nacional e o "parabéns a você" têm, desse ponto de vista, erros claros: "ó pátria sentee-se a voz" no primeiro caso, e "para o meenino..." no segundo.

Gerações sucessivas de portugueses aprendem estas músicas como se fosse a coisa mais natural do mundo cantar com textos que não encaixam correctamente na música, ou em que somos forçados a dizer o texto incorrectamente sem que ninguém se importe com isso (podemos sempre invocar o facto de que o Alfredo Keil nem português era, triste sina esta!...).

A verdade é que as crianças continuam a aprender músicas com letras a martelo, e a questão é saber por quanto mais tempo.

Vem isto a propósito da nova colecção do jornal Expresso dedicada aos Reis de Portugal. Edição bonita, ilustrada por André Letria, uma leitura pedagógica e divertida para os mais novos. Excepto que, mais uma vez a música é muito mal tratada. Já não me refiro ao facto de a produção musical ser extremamente limitada, com tudo ou quase tudo ser feito em computador, em vez de ter músicos a tocar instrumentos reais. Como habitualmente, dá-se muita importância ao aspecto gráfico e visual, escolhe-se um nome mediático para fazer a narração, e no fim não há orçamento para uma produção musical decente. Não quero com isto dizer que a música não tenha alguma qualidade em termos de composição, mas a produção de facto é muito fraca.

Aliás a letra, isoladamente, também seria possível. O problema é quando se junta essa letra à música. E de facto seria difícil encontrar exemplo mais representativo de má prosódia: em quase todos os versos há um erro. Ou seja a pronúncia não está em harmonia com a acentuação. Neste momento talvez centenas ou mesmo milhares de crianças estejam a aprender aquelas músicas e letras perante o olhar comovido dos pais. Mas será que os pais as ouvem mesmo?

Neste primeiro volume dedicado a Dom Afonso Henriques somos de facto levados a pensar o que teria acontecido caso ele não tivesse feito frente à sua mãe. Ainda estão por estudar as consequências do ponto de vista psicanalítico de um país ter visto a sua origem num matricídio (num sentido figurado, claro), mas isto constitui de facto uma originalidade lusitana.

Talvez não tivéssemos expulsado do território uma civilização brilhante, com grandes poetas e músicos, talvez fôssemos galegos, castelhanos, espanhóis ou mesmo muçulmanos, mas, quem sabe, talvez tratássemos melhor a nossa música vocal.

Ou talvez não. Em todo o caso, é feio bater na mãe

Pedro Moreira, Música das Esferas.

Saturday, December 8, 2007

FW

Lisbon Underground Music Ensemble
@
CASINO de LISBOA
Domingo, 9 de Dezembro - 23h00
Entrada Livre

Marco Barroso (piano, direcção e composição)
Manuel Luís Cochofel (flauta)
Paulo Gaspar (clarinete)
Jorge Reis, João Pedro Silva, José Menezes, Elmano Coelho (saxofones)
Jorge Almeida, Pedro Monteiro, Gonçalo Marques (trompetes)
Eduardo Lála, Ruben Santos, Pedro Canhoto (trombones)
Miguel Amado(o do Fausto) [onde anda o yuri daniel?!](baixo eléctrico, contrabaixo)
Pedro Silva (bateria)

[Eles Agredecem a divulgação]


Wednesday, December 5, 2007

Outras Rotações

Shows
The Beastie Boys Radio Show
Tuesdays, 4 pm to 6 pm
The Beastie Boys Are Back!
w0rd!

Wednesday, November 28, 2007

As cores e sabores n(d)a Cidade

É a 2ª Edição de um projecto plurianual-trans-pluridisciplinar-pluri-multicultural.
Projecto que se propõe a olhar a Cidade e a debruçar-se nela por um período de 3 anos.
Lisboa-Cidade, as Cidades em Lisboa, Lisboa nas Cidades.
Não conto perguntar a Carlos Martins se a Lisboa que ele apresenta hoje e amanhã no São Luiz existirá, de facto, porque essa pergunta é irrelevante.[e porque ele rir-se-ia de mim...].Está bem assim, AM?
Lisboa Mistura uma ideia de Carlos Martins - O "Sons da Lusofonia"

Kalaf, Kalaf, Kalaf.


Lá estarei na Sexta, porque hoje há novo circo na BdaB. Mas recomendo o "À Noite o Sol", pelos Negócios Estrangeiros, apartir de textos de Nuno Artur Silva(PF) e José Luis Peixoto

Tuesday, November 27, 2007

FreakShow

É, com certeza, a banda mais (também na análise quantitativa) pioneira de todos os tempos.
E é, com certeza, a banda mais marginal desses mesmos tempos.
Mães do Punk, pais do videoclip-videostageperformance.
Estão na vanguarda do uso das tecnologias ao serviço das artes performativas .
Contam quase 40 anos a musicar e encenar estórias e estorietas.
Este é o ultimíssimo destes Senhores grandes-geniais-gigantones-pessoas-do-grizo
(todos canhotos, com certeza).The Residents
apresentam
Corey Rosen • Gerri Lawler • Carla Fabrizio • The Residents
em
The Voice of Midnight

livro e musica por The Residents

Produzido por The Cryptic Corporation

baseado na obra Der Sandmann by ETA Hoffman

1. cena 1 (The Sandman)
2. cena 2 (Mental Decay)
3. cena 3 (Claire's response)
4. cena 4 (In The Dark)
5. cena 5 (Professor Caligari)
6. cena 6 (The Telescope)
7. cena 7 (True Love)
8. cena 8 (Seven Cats)
9. cena 9 (Catatonia)
10. cena 10 (The Proposal)
11. cena 11 (The Tower)

Não dão entrevistas, o que é um aborrecimento para nós, curiosos(íssimos).

Monday, November 26, 2007

...a violent yet flammable band...



Já não ficava tão surpreendido desde os Arcade Fire.
Parece que a amelie poulain com voz de sussuro roubou os órgãos aos Europe e multiplicou-se por três.

São três de uma vez.



Sempre a crescer.

E vêm cá ao Santiago Alquimista.

E Diz a RadaR que são a banda preferida do David Lynch,


mas eu acho que, quando muito, o David Lynch será o realizador preferido das Au revoir Simone.

Para ouvir.

Até à OD.

Wednesday, November 21, 2007

born in Yellow Springs, Ohio on November 18, 1959


You can be assured that Ms. Blackman will be around for a long time to come.. She is thunder. She is fire. She is energy. She is passion. She is Cindy Blackman. Talking Drum

#1 (porque calhou)

john legend e amy winehouse num dueto sobre temas da diana ross (& the supremes), nomeadamente "reflections"(bso "china beach").
Diana, o que é feito de ti?... amy, olha para a diana. a coisa faz-se por etapas, faxavor... john, dava para dares umas classy-dicas à amy?E, já agora, como é que fazes para ficares tão sossegadinho-sentadinho atrás do yamaha 7' 6" Concert Collection Grand Piano, hum?

Thursday, November 8, 2007

Trade the game for shelter



1967/ Época do amor, da misoginia e do olhar vazio.

"...i´m such a little princess"



Rufus Wainwright foi magnífico.
Um verdadeiro storyteller, num esplêndido jargão amaricado nova-iorquino.
Uma performance assombrosa, sem microfone, da música gaélica "Mo cuishle".
Excelentes interpretações dos originais cigarettes & chocolate milk, poses, rules and regulations, between my legs, i feel it all (etc.), mais as covers over the rainbow & foggy day (Judy Garland).

Uma banda sólida e unida, com uma boa [porque esporádica] secção de metais, acompanhada de um bom guitarrista [e music director], velho, velho, louro, velho e extraordinariamente competente, também a dançar.

Faltou um coverzinho de Cohen aqui para o vosso amigo, desde que não fosse cantado na altura em que Rufus já se encontrava de meias negras de licra e mini-saia.
Cohen de saia é que não.

Tuesday, November 6, 2007

Dylan

Interviewer: So, how many contesting songwriters like you would you say there is?

Bob Dylan: I´d say about 132...

Interviewer: Did you say 132?

Bob Dylan: Well, between 132 and 144...

tarde demais para andar para atrás.



Tenho 2 t-shirts, uma camisola, um impermeável, dois pins, vários autocolantes, 10 albuns e 4 ep´s dos NOFX. Ouvi a banda desde os 14 aos 25 e continuo a ouvi-la.
Mais. Continuo a impingi-la e a chatear vários seres humanos com esse facto.

Não estou disposto a apagar a minha juventude. Felizmente tenho cabelo o suficiente para espetar.

Já tenho bilhete e 18 de Novembro estarei lá, onde quer que aquela porcaria seja.
Mesmo que a lux deixe de falar comigo durante um mês.

Espero que estejam bêbados. Espero que toquem the decline.

heart in NYC, soul in Montreal, music in Lisbon



Hoje às 21h e picos, no Coliseu, Rufus Wainwright e as suas influências.
Espero conseguir fazer uma crónica sobre o assunto.

Saturday, November 3, 2007

Ou(ver)


Debussy pela ACCA, com o Sr António Rosado ao vivo. O desenho de luz é Carlos Ramos(director técnico da Artemrede). o palco é o do São Carlos.
ACCA/Sr Rosado/Carlos Ramos é para ir.

Wednesday, October 31, 2007

Clássico mas fresco Compal db


No verão (que acabou, é verdade) a Tone of a Pitch, editora Pt que faz um notável trabalho pela liberdade que assiste a um músico de não se fazer(obrigar a) acompanhar por carinhas-larocas-que-cantam-umas-coisas-que-outras-tantas-mil-poderiam-igualmente-e-não necessariamente-bem-ou-melhor-porque-só-assim-as-grandes-editoras-lhes-pegam-e-olhe-lá! e cujo o catálogo é francamente recomendável, lançou o último disco do guitarrista madeirense Bruno Santos. “TRIoANGULAR” conta com as participações mui distintas de Bernardo Moreira(CB), Bruno Pedroso(BAT) e Pedro Moreira(SAX) como convidado especial.

O Bruno vai estar na fnac de cascais a apresentá-lo no próximo dia 8 às 21H30. Vale a pena ir e vale a pena comprar o disco.

três +1 motivos:

  1. O disco é bom

  2. É bom e é solido, como o Bruno (e outros tantos da geração dele, um grande bem haja Nelson Cascais, Nuno Ferreira, Rodrigo Gonçalves e e tal e tal).

  3. A guitarra do Bruno tem forma e aquele “delaysinho gostoso” embala-me com cheiros, sabores e cores.

  4. (3+1) O trio(angular)+1(espéce de trapézio) vale por si.

Monday, October 29, 2007

Piranhas na Andaluzia

Mais de 2,800 delegados, 1,400 Companhias de 90 países.
52 Showcase envolvendo 350 artistas de 42 paises em 5 palcos. Duas duzias de Conferências. Com mais de 350 jornalistas a dar cobertura à coisa.


A 13ª edição da maior feira/expo/encontro de World Music reafirmou a profunda crise do sector e mostrou quem manda como e onde. É assim.

Friday, October 26, 2007

Está na Lei

Henry Grimes’s Sublime Communication Trio na BdaB a 1 de Novembro. É obrigatório.
[estará no dia anterior na ZDB mas é mais caro o ingresso(o da zdb)...e a zdb não é o mesmo que o auditório da bdab... e o nosso backline é way melhor o deles!!!quem perder é um ovo podre. pior. é um ovo podre que nunca terá visto henry grimes]

2000-2007 todos os direitos reservados


A Editora do Porto faz 7 aninhos este mês. Firiuuu!
Muitos parabéns ao Rodrigo Cardoso e à Inês Lamares.

Thursday, October 11, 2007

Aos Duros


Cortesia da Olfacto pela Forma, O "MAU" está de volta e anda à solta em itinerância fazendo "tilt" pelo país.
É cousa da dureza. Cousa de gente dura para gente que se quer ainda mais dura(ou não...).
Pelo 2º ano, therefore(oi?!), com a dureza(ou não...) que já(ou ainda) me assiste, vou acolher um destes "tilts" do MAL e estou contente.
Diz o laféria de serviço que vamos ter um 7.4(estamos em testes...) ao serviço da desconstrução/desprogramação (total),logo, tem o meu manifesto apoio [O engenho humano é cousa maravilhosa!]
Aos candidatos a duros fica o singelo convite(ou desafio) para no sábado virem até à bdab, tá bem?

Monday, October 8, 2007

Gostar de velhos (Joni Mitchell)



A miúda a quem Cohen disse "Getaway from me, i cannot be trusted" editou um novo album 09 anos depois do último.
Depois de o comprar e de o ouvir digo qualquer coisa.

[Estes albuns compram-se. Está na lei]

Monday, October 1, 2007

whistling Bird

Armchair Apocrypha(Fargo Records),
lançado em Março deste ano, chegou-nos agora às mãos .
Está em escuta dedicada.


1. Fiery Crash2. Imitosis3. Plasticities4. Heretics5. Armchairs6. Darkmatter 7. Simple X8. The Supine9. Cataracts10. Scythian Empires11. Spare-Ohs12. Yawny at the Apocalypse


Nós gostamos muito do Andrew. Gostamos do Andrew porque ele faz muitas cousas. Gostamos do Andrew pela forma como ele encara as cousas(as que faz e as que acontecem). Gostamos do Andrew porque, em tempos, ele fez The Mysterious Production of Eggs, cousa que nós gost(á)amos muito. Está em escuta.pois.

Thursday, September 27, 2007

It is a great Life, azeiteiro


"How the police and other old rockers are making big money by going back on the road"

Tuesday, September 25, 2007

Parece-me



E parece que vou perder a minha última oportunidade de ver um senhor chamado Stewart Copeland (como é que se diz, vénia?)e o seu drumkit. Aliás, parece que Stewart Copeland não traz drumkit. Parece que Stewart Copeland é um drumkit.

E parece que vem acompanhado de dois senhores. Um sexagenário. Outro que era bom músico e má pessoa nos anos 80. Agora parece é boa pessoa e o resto também é diferente, já há uns aninhos valentes.

Mas parece que sempre foram o sideshow. Tenho todos os albuns do Stewart Copeland a tocar acompanhado dos outros dois senhores, desde o Zenyatta Mondatta ao Synchronicity.
O Stewart Copeland é bom. Só ou mal acompanhado.
A minha mãe vai ao concerto, mas não conhece o Stewart Copeland. É um desgosto profundo. Só conhece o gajo que ajuda os meninos de áfrica mas só veste Armani.
É compreensível. O Stewart Copeland é o melhor baterista do mundo a par do Ginger Baker. O outro é bonito, mesmo careca. Oh well.

De qualquer formas, deixo aqui uma senhora prova de que o Stewart Copeland era um baterista do caraças e ainda continua a ser.
Fica a música dos Stewart Copeland and the polices: "So Lonely".
A melhor música do mundo a começar em "so" e a acabar em "lonely" (pelo menos).

o regresso do vesúvio

Siouxsie Sioux, [The Creatures e Siouxsie & The Banshees] acaba de lançar o seu «Mantaray» . 10 temas na voz de uma mulher que é DAMA, convicta.

1 Into a Swan
2 About to Happen
3 Here Comes That Day
4 Loveless
5 If It Doesn`t Kill You
6 One Mile Below
7 Drone Zone
8 Sea of Tranquility
9 They Follow You
10 Heaven and Alchemy

As the "music industry" prepares to relive the heady days of "punk", when confusing the opportunists with the protagonists, it proceeded to sign anything with a safety-pin that could spit, Siouxsie and the Banshees would like to say Thank You and Goodbye.

"20 Minutes Into 20 Years", press release de S&B, abril 1996[um ano após o Carlos Lopes]

Deixamos aqui "Cities in dust" sucesso maior de tops da Banda.

Thursday, September 20, 2007

Cornelia NY II 2007 Made in Lisbon

se houvesse milhas suficientes no cartão da lufthansa...



...e era. E é já hoje, amanhã, depois e depois.

Muito Parabéns à label.

Monday, September 17, 2007

Mestres a turismo



Por ocasião, ou, no seguimento do Festival Internacional de Jazz de Ponta Delgada vou receber este Gigante "lá em casa". A 1 de Novembro, A Margem Sul está no "Roteiro dos Mestres". Firiu!Firiuiuuuu!

Fica Aqui Henry Grimes com Thelonious Monk(sim, Ele) - Blue Monk - no set de gravações de "Jazz On A Summer's Day" de Bert Stern em 1958. [antes de Ele(o Grimes) ter submergido em consequência da precariedade que esta coisa de ser artista acarreta, e não de ter sido abduzido por entidades do fantástico. Fica assim provado que ele não privou com elvis, janis, jim "portas" ou hendrix, tá bem?...Ai!...Mau!...]

Thursday, August 30, 2007

Correio Electrico

Give Up, é um disco já de 2003 mas que apenas chegou aos meus ouvidos agora com esta Such Great Heights.
The Postal Service surge da troca de ideias e músicas, usando o US Postal Service, entre Benjamin Gibbard (Death Cab for Cutie) e Jimmy Tamborello. A voz de Benjamim é, aliás, inconfundivel para quem, como eu, gosta de Death Cab (faço aqui uma pausa para agradecer ao Seth Cohen, a personagem mais aceitável daquela série de meninos ricos e bonitos que-sim-eu-via-e-sim-eu-gostava, e que me deu a conhecer os Death Cab).
Voltando a Give Up é um mix de razão e coração. Isto é, as letras emotivas e romanceadas são trespassadas pelo artificial, pelos sons sintetizados. É a música indie com muita adrenalina.
Tem um tom muito 80's, e disso é exemplo "The district sleeps alone tonight". E gosto ainda mais de "We will become silhouettes" e "Nothing better", porque me faz lembrar New Order.
Em Nothing Better percebe-se como se transforma o shallow theme da break-up, acompanhado pela voz de Jen Wood (Tattle Tale) e ainda assim manter a musica muito light e até joyfull.
E estou agora a ouvir a "Clark Gable" e confesso que o ritmo é intoxicante.
Desta minha investida nos sons electronicos, Give Up é um bom exemplo daquilo que me faz mexer e, simultaneamente, daquilo que não cansa e não exige momentos ou locais apropriados. Porque é electronico/sintétizado mas é também soft e relaxante.

Wednesday, August 29, 2007

quando o "Publico" publica

O acima conseguiu surpreender triplamente estas minhas férias.
1. Max Roach faz capa (pelos piores motivos)
2. Mike Patton tem direito a 2 (DUAS) páginas
3(last but not least). Artigos de Mike Patton bastante bons, [Clap Clap Clap]

"Ele agora é um Indio", Pedro Rios, Publico, 19 Agosto 2007

"Mike Patton, o Artista Camaleão", Pedro rios, Publico, 19 Agosto 2007


Fica aqui Mondo Cane

Wednesday, August 22, 2007

Mês Negro To The Max

Não existe alma que já tenha pegado numas baquetas que não o conheça. Talvez o maior baterista de sempre. A noticia abalou as minhas férias, "To the Max" já está no meu leitor.

*Max Roach Drum Solos, 1968 "3 Songs"

Monday, August 6, 2007

it´s just the wasted years...



Vou de férias e regressarei, porventura mais apto, em Setembro.
À porta, deixo aquela que foi epitetada por alguém como a mais bela música composta por um ser humano.
Paranóia, moléstia, solidão ou pura e simples sucessão concatenada e perfeita de acordes.
Um supermercado de sentimentos, portanto.

Saturday, July 28, 2007

band of horses



Estão no meu gira-discos, mas não faço ideia que é feito deles.
The Funeral.
1hitwonder?

Thursday, July 26, 2007

Appetizer para um luau

Deixo-vos "The Robots", um clássico Kraftwerk aqui por SEÑOR COCONUT no Sónar 2006. Domingo espero por vós a bailar o improvável na Av da Praia.
Ueba!

Wednesday, July 25, 2007

mas porquê?!

Não sou muito fã de dance music, ou lá o que chama a isto, mas não podia deixar de parte o novo dos Groove Armada, Soundboy Rock. Não que os singles lançados façam jus ao album. Garanto, não fazem mesmo.
Aliás, esse tem sido um dos problemas dos Groove Armada. Os singles. Este, Get Down, o primeiro, muito ao estilo de Superstylin, não faz parte da minha cópia do album em que resolvi eliminar as faixas que fazem parte da minha black list. Só de me lembrar de I see you baby, apetece-me chorar. Estive prestes a expulsar os Groove Armada da face da terra (reza que nessa altura terão sido possuidos por algum espirito demoníaco, de seu nome Fatboy Slim?!).
E basta dizer que temos uma Sugababe no novo single, Song 4 Mutya para se saber que, sim, is a black list item (resolvi poupar-vos a posta-la aqui, esta já é bad enough).
Por isso, para Soundboy Rock deve-se partir de um pressuposto: esquecer os singles. A partir daí, sim, pode-se falar em albúm.
E diga-se que não desgosto. Tem de tudo. Mais dançavel, a Things we could share. Gosto da Lightsonic. Esquecer o reggae na Soundboy Rock. E perco-me totalmente com a Paris, What's your version, See what you get.
"Estrelava-o" assim com ***.

Tuesday, July 24, 2007

Factory records breeds

Tim Booth (born Timothy John Booth, 4 February 1960, in Wakefield, Yorkshire, England) attended Shrewsbury School. He is a singer, dancer, and actor best known as the lead singer from the band James.
Booth has, at the age of 47, almost absolutely no hair whatsoever.
He will be in Alentejo.

Wednesday, July 18, 2007

o(u)verture

Não foi revelação do ano (2006) porque Mike Patton é já um ancião. Artista completo quer no dominio técnico do seu instrumento quer na busca por novas formas, meios e abordagens à sua arte, está em perpétuo movimento e um grande bem haja por isso mesmo. É um genial dos nossos tempos (e é, com certeza, canhoto).E, posto isto, estará em Lisboa, no Coliseu que ele bem conhece, a 17 de Setembro (18 no Porto)com o projecto Peeping Tom a ouvrir Massive Attack.

Friday, July 13, 2007

I need a shot

Datarock. Só conheço, por enquanto, esta música. E só agora ouvi falar deles. Quer pela radar (ao jeito de luxuriano, vénias vénias). Quer por virem ao sudoeste. Mas gosto. Estou curiosa. E tem sido a minha OST do dia. Porque amanhã vou ter, ou melhor, começa, o meu shot. Férias.

Thursday, July 5, 2007

3º acto and dancing along with Pat Mahoney's yellow Shorts

Depois de uma hora e não-sei-quê de insofrimento atroz, eis o aguardado wrap up do 3º acto. Stop
LCD foi Caliente. C-A-L-I-E-N-T-E! Stop
Uma ou outra baixa frequência goin' wild on stage, rapidamente controlada, porque... superjames sempre alerta[grande à vontade em palco means grandes profissionalões].Stop
Os momentos altos foram, com certeza, os duetos de bateria e percussão entre Pat e James, trazendo um pouco de latino (leia-se Látinô) ao groove. Stop
Teve direito a "grizo". do BOM. Stop
All my friends. Stop

Alguém se importa se não se falar de jesus and mary chain?[ainda estrou con(st)frangida com aquilo que se passou ontem.Stop Me, please

Post stop scriptum: o melhor da noite foram os calções de atletismo amarelos do Pat(you rock my world, Joínha).Stop and Go[a caminho do acto final]!

Wednesday, July 4, 2007

Growing up in public



Admitamos. A menina tem problemas.
Sempre teve e, segundo a própria, só produz musicalmente quando os tem. Simplesmente porque se não os tem, tem mais que fazer o que, bem vistas as coisas, constubstancia um argumento incontornável.

Esta pequena maravilha de exposição sentimental [orginal e acompanhado por Elvis Costello], para além de ter uma excelente intro, excelentes (porque básicas) guitarras e excelente voz, é provavelmente o expoente máximo da teatralidade de Miss Apple.
Ainda que tenha uma edição errática de discos, ainda que deprima de 15 em 15 minutos [don´t we all?], ainda que às vezes pareça tudo um bocadinho exagerado, como o título do seu segundo album. Ainda que esta música seja diagnóstico suficiente para ser tratado por pensamentos obsessivos. Ainda que o epíteto de Fucked up girl lhe fique tão bem. Ainda que, ainda que.

Acabamos o tema com uma certeza. A de que aquele olhar final diz tudo. Ninguém engole em seco daquela maneira por arte. Ninguém estremece para dentro por dinheiro.
Make no mistake, Miss Apple is for real.

[pequeno agradecimento devido à Inf (ou artist formerly known as Inf) por ter chamado a minha distraída atenção para isto].

Monday, July 2, 2007

Peace with a mohawk



Algumas bandas vivem para sempre, por pouco que toquem, editem, escrevam ou publicitem.
O s/t dos Velvet Underground vendeu 1500 cópias e formou 1500 bandas, disse um dia Michael Stipe. Os Pistols viveram dois anos e abanaram o mundo, inclusivamente o próprio.
Elliot Smith morreu, tal como Tim Buckley.
Cada genre com a sua persona seminal, as mais das vezes cortada antes do tempo. É a história.

O ska héctico e cafeínado dos Operation Ivy (1987-1989) vive e viverá encrustado, para espanto dos próprios, em centenas de bandas actuais e futuras do género.
Forjada em plena Bay Area de Berkeley, Cal. por quatro putos anónimos de 20 anos (Jesse Michaels - vox, Lint (aka Tim Armstrong) - guit., Matt Freeman - bass (e que baixo) e Dave Mello - Bat.), apesar das terríveis gravações inerentes à garagem de proveniência, os Operation Ivy trataram de reavivar o declínio dos Clash e a memória dos Specials e de introduzir um tudo nada de hip hop embrionário nos headphones de quem tinha cabelo verde.
O single Unity é a prova que o pacifismo deixara de ser exclusivo do movimento hippy e era, agora, gingado a duzentos à hora, não obstante o peso lírico das músicas.
O fim prematuro terá sido, mais uma vez, o melhor fins.

There wasn´t always a place to go, but there was always an urgent need to belong

Sunday, July 1, 2007

Together in electric dreams [v. original]



Este tema de Phil Oakley [agora habitualmente remixado de vários feitios num clubzinho perto da nossa casa] merece ser re-ouvido.
E o respectivo video merece ser revisto, para que fique queimado na memória que, apesar daqueles cortes de cabelo, tudo acabou em bem.

Friday, June 29, 2007

Spice oditty

Imbuído do espírito Riot Grrrl do post precedente, apraz-me informar que as spice girls voltaram, agora com um público alvo mais adulto.

Não quero ser mail interpretado, no entanto [O título original deste post era "X-rated movies" o que, francamente, era mauzinho da minha parte para quem passa a vida a cantar "Stop right now, thank you very much, i need somebody with a human touch whoaaaaa....hey you, always have to run, let´s.....errrr....... taratara ta ta, wanna have some fun, yo" Eu sei que a letra está errada, mas também sei isto tudo sem ir pesquisar no google.

Fenómenos são fenómenos e atingem qualquer um, mesmo nós cujo coraçãozinho bate em ritmo de indie rock. Todavia, não obstante aparecer aqui em baixo "No gira-discos de solapinoeufaçoumarevolução" é falso que eu ande a ouvir Spice Girls ou, ainda mais, que tenha tido acesso ao novo LP o que, novamente além do mais, faria de mim um tipo rico mais que um rico tipo.

Mas também não queremos que pensem que o Vinycios não dedica o devido tempo à música ligeira ou, vá lá, ao main stream (a partir de agora, multa para quem disser main stream).
Esta não valeu.

Damas

Damas (ilustração)

O nome (L7) deriva de uma gíria nos EUA para "quadrado" (que seria a forma resultante de se colocar um "L" formado pelo dedo indicador e polegar esquerdos com um "7" formado pelos dedos polegar e indicadores direitos).

Metal e Punk strictly feminino. As L7 , formadas em 1985 por Donita Sparks e Suzi Gardner em Los Angeles, Posteriomente juntaam-se ao grupo Jennifer Finch e Dee Plakas, Em 2000 chegam ao fim, sem direito a comunicados de imprensa.

Guardamos um LP (talvez o mais vendido)
Bricks Are Heavy (1992, Slash Records)
"Wargasm"/"Scrap"/"Pretend We're Dead"/"Diet Pill"/"Everglade"/"Slide"/"One More Thing"/"Mr. Integrity"/"Monster"/"Shitlist"/"This Ain't Pleasure"
[A califórnia em Cannes(O Palco é Brutal!) Damas kicking Ass]

Wednesday, June 27, 2007

Côcos na Praia

É um Señor e traz côcos frescos e uma ensalada com sabores da Alemanha, Chile, Argentina e Japão. Senõr Coconut e a sua Orquestra convidam a voz de Argenis Brito para bailar! da electrónica alemã dos anos 70, adocicada por ritmos de salsa, cumbia e merengue à pop electrónica japonesa, apimentada por mambos, boleros e cha-cha-chas!

Os cozinheiros Alquimistas
Atom tm (Uwe Schmidt), electrónica - O Côco
Argenis Brito, voz
Norbert Kraemer, vibrafone
Carsten Skov, marimba
Assi Roar, baixo
Peter Kibsgaard, percussão
Thomas Hass, saxofone
Detlef Landeck, trombone
Urban Beyer, trompete

eis todos os ingredientes para fazer um luau latino na Av da Praia - o Umbigo do Mundo a 28 de Julho.
Bailemos! firiuuu!

E Live from Mosteiro dos Jerónimos?



Claro que não há órgao de tubos para tocar a intervention.
Claro que eles ainda são tão novinhos que, ao vivo, soa tudo igualzinho ao LP.
Claro que não há de ser o concerto da minha vida.
Claro que ainda faltam uns dias.
Claro que por altura do concerto, já estarei deprimido com a frenética actuação dos Bloc Party.
Claro que por altura do concerto, já estarei deprimido com a malta hip que foi ver Bloc Party.
Claro que por altura do concerto, já estarei deprimido com a roupa da malta hip que foi ver Bloc Party.
Claro que por altura do concerto, já estarei deprimido com o cabelo da malta hip que foi ver Bloc Party.
Claro que por altura do concerto, já estarei deprimido com a atitude da malta hip que foi ver Bloc Party.
Claro que eu tenho alguma coisa contra os Bloc Party [e não é só o nome].
Claro que eu devia ser menos susceptível.

Mas claro que deprimido é o estado de espírito ideal para este concerto.
Claro que tudo faz sentido.



If you don´t cry watching this, you are dead inside.

Tuesday, June 26, 2007

Depois de Cristo

Parece que temos Rock com o timbre da Interscope...
QOTSA voltaram (e já faz um tempito, eu é que tenho andado distraída)

Assim, de repente, parece faltar-lhe baixo(ou, talvez sejam os vicios a falar). Depois, soa a regresso, renovado e enérgico.

1 - Turnin' On The Screw
2 - Sick, Sick, Sick (o 1º single) - [com a participação(podemos chamar-lhe M.C. , mestre de cerimónias ou relações (com outros) pública(o)s) de Julian Casablancas (Strokes)]
3 - I'm Designer
4 - Into The Hollow
5 - Misfit Love [com direito a falsetto]
6 - Battery Acid
7 - Make It Wit Chu [ao velhinho estilo]
8 - 3's & 7's
9 - Suture Up Your Future
10 - River In The Road
11 - Run, Pig, Run


Parece que na verdade temos Rock, a roçar com pelo menos um pé e uma mão[ou mesmo, duas] a POP, e então?
ah , não é genial, mas é Queens!

Thursday, June 21, 2007

Wednesday, June 20, 2007

It Izzz a Must Have

Muito simples: piano, CB, Bat.
Eis a liberdade no improviso. Isto é AGITar! sem catalogações, faxavor.

Senhoras e Senhoras, aí está o ultimíssimo do trio The Bad Plus

Firiu!Firiuiuuuu!

Tuesday, June 12, 2007

Os póneis da Matador



Conheci The Ponys apenas com este Turn the Lights Out. Está nos meus ouvidos há coisa de uma semaninha e ainda me perco com as duas primeiras faixas Double Vision e Everyday Weapon. Soa-me a Interpol, a Editors. Soa-me a Nova Iorque. Mas depois percebi que era semelhante - Chicago.

Com este álbum encontraram-se com a Matador [Laced with Romance e Celebration Castle eram da In the Red], e nota-se... senti o cheiro Cat Power ali meio perdido na Turn the Lights Out e Kingdom of Hearts. O que soa estranho no album e até desenquadrado.

Mas, é essa a diferença, foi aí que perdi Nova Iorque e Interpol. Reencontrei-os em Poser Psychotic e Harakiri. Não desgostei, mas Turn the lights out tem muito do mesmo. Este wedding com a Matador, contudo, soube-me bem.

Friday, June 8, 2007

uncompromised


eles estão acá ...não será, portanto, preciso dizer mais grande cousa.
Na verdade, nada apetece dizer. dizer apenas isto, "caliente" and in the mood. Sweet and uncompromised groove. [recomenda-se audições a dois, mínimo]

Tuesday, June 5, 2007

Católicos



Um certo padre Spadaro entende que Tom Waits, por ter vivido uma juventude «cheia de drogas, álcool e sexo», entende as camadas mais baixas da sociedade [fica em aberto a conclusão de que as drogas e o alcóol apenas atingem os estratos baixos da sociedade] e expressa "capacidade por esperança e instinto em busca de felicidade", através de canções "autênticas, desprovidas de vaidade e ilusões falsas".

Com a propriedade possível, o padre apelidou Tom Waits de "profeta dos pobres e oprimidos".

Tom Waits ainda não respondeu.

Desabafo

Caraças Galopim, ninguém conhece as músicas que tu passas e isso deixa mossa.

Saturday, June 2, 2007

Focus

Buckshot LeFonque, não o pseudónimo que o Cannonball Adderley usava para "pular acerca" da editora, mas sim o projecto que Brandford Marsalis criou nos anos 90(O irmão daquele muito conhecido, esse mesmo; também o mesmo que tentou fazer de Sting um tipo "funky"...humhumhum), deixou alguns perplexos outros com vontade de excomungar alguém, assim mais ao menos como o Miles fez nos anos 70.
dois trabalhos apenas.
Temos ambos, o que mais gostamos é do 1º - Buckshot LeFonque(columbia, 1994) pela velocidade alucinante e a quantidade de gente que lá está.
Estamos,contudo, (reem)prestando ouvidos ao 2º - Music Evolution(columbia, 1997)

Disco que veio con(a)firmar o debut de Buckshot LeFonque.

A malha 7. "A Buckshot Rebuttal" é justamente, nota explicativa da intenção de virar tudo de pernas para o ar e AGITar a Mainstream. É incatalogável.Tem também uma quantidade incrivel de gente por lá.
Tem até um falso arranque!16. ..."And We Out".

Buckshot Le Fonque ou Espalhando o Funk por aí

Buckshot Le Fonque, 2 trabalhos, duas boas aulas de história e duas boas maneiras de perceber porque é que, às vezes, as coisas que ainda(2007)se vão fazendo por aí nos aborrecem tanto.

"We took some interesting left turns... which is what I expected.", Brandford Marsalis

Tuesday, May 29, 2007

Vintage



A capa deste album é o arquétipo de uma banda guit/bass/drums/vox.
Uma banda de guit/bass/drums/vox deve estar em pleno movimento, excepto o baixista, de pernas esticadas e ombro direito ligeiramente superior ao resto do corpo em ângulo de 15º.
É um documento de Athens/Georgia, da altura em que o Michael Stipe tinha cabelo, a um preço extremamente acessível na FNAC do Chiado.
E é, também, a prova provada que os R.E.M. no início dos anos 80 eram, bem provavelmente, mais alternativos que tu.

"Offer me solutions, offer me alternatives and i´ll decline."

Monday, May 28, 2007

Vénias, muitas vénias!

DMB no seu melhor.

Estava à espera deste concerto há mais de 10 anos. Sem dúvida, o melhor concerto deste ano em Portugal. É certo que nos aguardam 3 grandes noites de concertos no SBSR. Mas há bandas e BANDAS!

Esperava-os desde a minha adolescência, passada ao som de Satellite, Ants Go Marching, Jimi Thing, All along the watchtower, os sweet little sixteen enamorados com Crash into me, entre muitas e muitas outras.

Sem dúvida que nada há a dizer contra as gravações em estúdio, mas ao vivo é outra coisa. Vinha a sentir o cheirinho desde Live at Red Rocks, Live at Luther College ou com o Listener Supported, mas ouvi-los e vê-los mesmo ali é outra coisa.

DMB sem Tim Reynolds, mas ainda assim DAVE MATTHEWS BAND com letras muito grandes. Ainda tivemos DMB com Tom Morello, na #41 e intro de American Baby. Confesso que não cheguei a tempo da primeira parte. Mas também admito que os muitos "fuck Bush", que se ouvem do alter ego The Nightwatchman, não me são muito apelativos e preferia Tom Morello nos Rage Against the Machine.

Cheguei a little bit late e não pude ouvir a abertura, segundo soube, com Everyday. Sim, muita tristeza!!! Ouvi a parte final de Dream Girl e se tivesse um isqueirinho, punha-me mesmo lá, naquele lugar comum com a Crash Into Me.

Ouvi tudo o que queria ouvir! Louisiana Bayou, When the world ends, So much to say, Two Step, Ants Go Marching, Jimi Thing, Stay (wasting time) os solos do (meu amigo) Dave com a Sister e a Gravedigger (esta já num dos "encores"). Dancei com todo o jamming, para muitos excessivo, mas para mim fenomenal, que a noite teve!

E amei que nos tivessem dado dois "encores". O DM disse que éramos um público fenomenal (e sim, desta vez acreditei, porque estavamos todos sedentos de DMB e isso deve ter-se notado!).

Último "encore" ao som de Don’t Drink the Water e, ainda, perguntou se queríamos "One more?". Eu disse que sim e deram-me a Rapunzel!

Enfim...ENORME em todos os sentidos. E espero que DMB regresse, como prometido.
[porque este é também um blog de live vinycios]

Friday, May 25, 2007

Este mundo de oportunidades

Brace yourselfs, damas e cavalheiros!

A mui nobre (quando digo mui nobre estou falando sério) Blue Note acaba de editar, ou seja colocar o seu timbre num trabalho da Lena D'Água(pá!)

"Em «Sempre», (...) também a escolha do Hot Clube para a gravação foi afectiva, no regresso a uma casa que Lena d´Água frequenta há trinta anos."

que ela faz do hot a sua casa, já nós sabiamos... agora, meterem a Blue note, A BLUE NOTE ao barulho com gente que se crê ter sido abdusida por seres do fantástico?!E alto lá, que se ele há pessoa que tem interesse por gente doida, desculpem, especial...

Ainda não ouvimos o dito, que tem título óbvio demais, só pra começar... mas, desde já, requeremos um multipistas pra ficarmos só com o instrumental sob a direcção musical e arranjos de Bernardo Moreira, também no contrabaixo, André Fernandes na guitarra, João Moreira no trompete, Marco Franco na bateria!... if you know what i mean...hold those vocals! no vocals for me today, please.
O alinhamento é, também ele, angustiante de mais do mesmo. poderá salvá-lo o arranjo, quem sabe? A ver vamos

hum!...Blue note!....tststs

Lenita, um grande bem haja pra ti e saudinha da boa. é o que te desejo, todos os dias da tua vida, pá!

e desculpem mas não tive pachorra pra procurar uma pic.

Thursday, May 24, 2007

O sentido estético da música



Hope there's someone
My lady story
For today I am a boy
Man is the baby
You are my sister
What can I do
Fistfull of love
Spiralling
Free at last
Bird guhl


A primeira vez e a primeira que ouvi foi The Atrocities, do álbum Antony and the Johnsons (1998). O tom melancólico e épico não me agradou à primeira. Talvez porque não é, de facto, a melhor faixa do album, mas também porque o ouvi num Verão, quente, no Brasil. O ambiente não era de todo adequado.

Para se ouvir a primeira vez, Antony é uma questão de mood.

Depois torna-se um problema de must hear.

Ouvi Antony and the Johnsons em repeat sem nunca dizer chega. A voz inconfundível de Antony - normalmente comparada à de Nina Simone - viciou-me logo no primeiro álbum, mas tirou-me o folego quando ouvi pela primeira vez Hope There's Someone do álbum I'm a bird now.

I'm a bird now, é Antony. É certo que se fez rodear de Boy George, Rufus Wainwright (What Can I Do?), Devendra Banhart e Lou Reed (Fistful of Love). Mas é um registo que causa calafrios pela intimidade que o percorre. É a alma de Antony que conhecemos. Desde a androginia em My lady story, For today I am a boy ou You are my sister, aos desejos em Hope There's Someone ou What Can I Do?, às suas dúvidas e tristezas.

Antony sussura-te a beleza ao ouvido e faz com que te entregues ao teu íntimo e às emoções, que percorras todo o teu innerself, deixando tudo mais para trás.

É o album de todas as sensações. E não há como lhe resistir.

Wednesday, May 23, 2007

Sem Tradução

5' de "Saudade" fecham, em 1985, o primeiro long play que os Love & Rockets editavam pela Beggar's Banquet Records - "Seventh Dream Of Teenage Heaven".

O tema, na sua totalidade instrumental, está agrafado ao nosso imaginário infanto-juvenil. responsabilidade do "Sete Mares" da Antena 1. Mais tarde, regressaria no "Boletim Meteorológico" da R(ê)T(ê)P(ê) 2.

Lado A
"If There's a Heaven Above" - 4'57''
"A Private Future" - 5'06''
"The Dog-End of a Day Gone By" - 7'38''
"The Game" - 5'09''

Lado B
"Seventh Dream of Teenage Heaven" - 6'37''
"Haunted When the Minutes Drag" - 8'03''
"Saudade" - 5'00

tinha areia de Santa Cruz entre o plástico e a capa de cartão... não consegui disfarçar o sorriso.

[andei a remexer no baú e (re)encontrei coisas deliciosas]

em parâmetros

[er...Ex.mas e mos, Este caderno digital só permite referências a registos analógicos?]

Indie hannah


Yo La Tengo - "Sugarcube"

Para que não passe despercebido, este excelente videoclipe dos sempre excelentes Yo La Tengo tem o magnífico condão de juntar (e mostrar) uma fotografia de um jovem Lou Reed e um Album dos Black Flag (Spray paint the walls), thus sintetizando musicalmente, grosso modo, a minha pessoa.
Tudo somado e dividido, a verdade é que o estado cósmico das coisas ainda permite conjugar o beatnik rock do extremo este dos EUA [NY], com o punk do extremo oeste [LA] do senhor Henry Rollins, não obstante não cair bem junto de alguns puristas.
Mas é tudo o que tenho para o demonstrar, neste brinde à tolerância que, com um certo esforço, até estendo à música electrónica.

Tuesday, May 22, 2007

Montag, porque não é 2.ª feira



Não admitindo comparações de Owen Pallet, ou melhor, Final Fantasy a nenhum seu semelhante, o contrário não é improvável. Montag, ou melhor, Antoine Bédard aproxima-se, e flagrantemente em Softness, i forgot your name que conta com a participação daquele, ao seu conterraneo.

Mistura de indie-pop e electrónica, no album - que (de) a solo tem muito pouco - encontramos M83, Amy Millan, Au Revoir Simone. Quanto a estes últimos esperava bem mais de No one else.

O track homónimo - com 70 participantes de 15 países diferentes - cumpre bem o seu papel. Mas, e além de Softness, i forgot your name, rendo-me (apenas?!) a Best Boy Electric, Safe in sound e Hands off, creature.

No final, a ouvir. E até bastante.

01. I Have Sound (with M83)
02. Best Boy Electric
03. Mechanical Kids
04. Alice (with Ghislain Poirier)
05. 322 Water (with Ida Nilsen)
06. Softness, I forgot Your Name (with Final Fantasy)
07. Safe in Sound (with Amy Millan)
08. Hi-5 au DJ 09. Hands Off, Creature! (with Leah Abramson)
10. » (Plus Grand Que) (with Victoria Legrand)
11. No One Else (with Au Revoir Simone)
12. Going Places

Texanas


Micah P. Hinson and the Opera Circuit

O ecletismo deste jovem influenciado por will johnson, eric bachmann e richard hawley (que eu ainda não sei quem são) é uma virtude. Muitos metais, muito banjo, e um cigarro fumado por cada palavra de desencanto.
Destaco a simplicidade lírica de "You´re only lonely". Uma música de fases distintas, intensidades distintas e quase personalidades distintas. E uma incursão estrondosa e abrupta pela guitarra eléctrica a lembrar "A thousand departed friends" de Lou Reed.
O Banjo de "Diggin´ a Grave", por outro lado, deverá ser a única coisa decente a sair do Texas nos últimos 8 anos.
Desligar o complicómetro e ligar à corrente sempre foi a minha solução preferencial.

Fica o alinhamento.

1. Seems Almost Impossible
2. Diggin A Grave
3. Jackeyed
4. It's Been So Long
5. Drift Off To Sleep
6. Letter To Huntsville
7. She Don't Own Me
8. My Time Wasted
9. Little Boys Dream
10. You're Only Lonely
11. Don't Leave Me Know

Absolvições Pretéritas

Pela incontornável data redonda , O meu 1º post vai para Still, compilação de vários registos entre 1978 e 1980, editado em vinil, em 81, pela Factory Records(qualquer semelhança da linha gráfica com a Farol é pura coincidência...)

Está Longe de ser genial. Na verdade(verdadeira), trata-se de uma fraca desculpa para uma compilação. O Substance e, até mesmo, o Closer, são bem superiores. No entanto, o disco 2, gravado ao vivo na Universidade de Birmingham , a 2 de Maio de 1980, (a derradeira performence ao vivo dos Srs) contém uma ou outra precisosidade.

Disco 2
"Ceremony" – 3:50 (registo único, ou único registo)
"Shadowplay" – 3:57
"Means to an End" – 4:01
"Passover" – 5:10
"New Dawn Fades" – 4:01
"Transmission" – 3:40
"Disorder" – 3:24
"Isolation" – 3:05
"Decades" – 5:47(enfim...vá.)
"Digital" – 3:52

Esta edição em vinil foi-me ofertada em 1990 e conta com mais de 17 aninhos nas minhas mãos (e está esgotada na própria editora).

A escolha é óbvia, mas com tanta presença dos Srs nas Bandas que vão aparecendo(e desaparecendo) a uma velocidade infernal, apeteceu-me ir lá, ao fundinho do baú, dos (por vezes, dolorosos) pretéritos, tirar o pó a este; marca de uma juventude que habitou o subsolo, morta e moribunda às mãos da heroina e da loucura induzida, e Absolvê-lo.

Este sentimento de "impertença" está hoje mainstreamizado(hum?); as drogas são outras e eles, bem mais interessantes que nós, vivem estranhamente desinfelizes.

Absolvido que está, fica aqui, em complemento, o alinhamento e preferências do Disco 1

Disco 1
"Exercise One" – 3:06
"Ice Age" – 2:24
"The Sound of Music" – 3:55
"Glass" – 3:56
"The Only Mistake" – 4:17
"They Walked in Line" – 2:47
"The Kill" – 2:15
"Something Must Break" – 2:48
"Dead Souls" – 4:53 !!!!( bem conhecida pela mão dos Nine Inch Nails, Sô'tôra)
"Sister Ray" – 7:36

Trivialidades: À passagem do seu (deles) 30º aniversário, está para breve( julgamos) a adiada biografia de Ian Curtis, por Anton Corbijn - "Control", recentemente apresentada no Cannes.

P.S. : O facto deles fazerem 30 anos e de eu já ter feito os meus, nada tem que ver com a escolha deste para meu 1º post. Que não restem dúvidas, hein? Ai!...Mau!...

A Saber

Convidaram-me para um belogue.
"um belogue sobre música. MÚSICA, ouviste(s)?"
assim mesmo em maiúsculas,
porque eu sou, digamos, indisciplinada

E nada mais me disseram.

Eis-me aqui deixando este aviso(-vos),
que a tarefa vai ser conturbada,
porque eu mantenho-me Zapedmamma,
e pode ser danoso deixá-la assim, à solta,
porque ela é indisciplinada
e porque eu vou dizer, pelas mãos dela.
Cousas que não vão ser boas
e cousa boas de cousas que serão más
e porque eu sou indisciplinada.

Mais aviso que vou, tão bem,
falar de cousas aborrecidas, cousas técnicas,
de processos aborrecidos e criativos
e de processos criativos aborrecidos
e de Ruído.

Vou falar do que me vai movendo
e do que se vai movendo até mim
e do que move os outros, outros falarão
e eu falarei com eles, pois então!
Porque a música nos move a todos.
Seguramente, a uns mais que outros
mas, sobretudo, porque não existe essa cousa do
"eu não ouço música".

E Disse. [Tá bem assim?]

Stereobroke


Posso ter vícios de vinil com a agulha partida?

Monday, May 21, 2007

Put the records on




I'm still wondering ... porque me convidaste a escrever num berlogue sobre música.


Não sou crítica. I just listen. A maior parte, música que tu me pões nos ouvidos. E não só, porque também (e na tua opinião, infelizmente) gosto do que tu não gostas e ouço o que tu não ouves. Nessa parte restringiste (diriam alguns, que és pior que a ERC!) a minha liberdade de expressão. Mas I forgive u.


Let's stop the talk. Vou-te dar música. A minha música.